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Polícia não descarta que médico possa ter sido sequestrado por engano

O delegado do caso, Adailton Adan, detalhou como foi a ação da polícia para localizar os suspeitos

Publicado sexta-feira, 26 de abril de 2024 às 20:23 h | Atualizado em 26/04/2024, 20:43 | Autor: Gabriel Gonçalves e Leilane Teixeira
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A investigação sobre o motivo do sequestro do médico Gilson Meirelles, liberado nesta sexta-feira, 25, corre a todo vapor. Uma das motivações que a Polícia Civil não descarta é que o médico pode ter sido sequestrado por engano, segundo afirmou o delegado Adailton Adan, titular da Delegacia Especializada Antissequestro (DAS).

"As investigações estão ocorrendo. Em investigação policial nada é descartado, mas sim, verificado e eliminado. Surgiu essa informação e nós vamos a fundo para trazer ou não se realmente era ele a  vítima escolhida ou se era outra pessoa e quem seria essa outra pessoa. Isso nós vamos elucidar no decorrer do processo do procedimento de investigação", afirmou em entrevista coletiva realizada na noite desta sexta. 

O delegado elucidou ainda como foi realizado o trabalho da corporação para prender os quatro suspeitos. Um dos pontos chaves foi o rastareamento feito no celular do médico otorrino e a ajuda do banco, que estava ciente do ocorrido e acompanhando as transações realizadas. A primeira pessoa suspostamente envolvida, foi localizada na cidade de Joinville em Santana Catarina, ao tentar sacar dinheiro.

"Nós passamos a acompanhar a rotina do telefone celular do médico, uma vez que estava sendo utilizado pelos sequestradores para transferências bancárias na data de hoje. Então, nós começamos a nos valer das informações que foram trazidas pela família, pelas informações que nós obtínhamos através das investigações em campo [...] Uma das irmãs da vítima que utilizava as credenciais da conta dele, passou as informações para o banco de que ele estava sequestrado e o banco passou a acompanhar essa rotina. Quando essa pessoa foi hoje sacar esse dinheiro, ela foi presa lá pelos policiais de Joinville e foi feito o flagrante, a partir das informações que nós passamos para eles. Depois disso, ligamos os pontos, rastreamos e encontramos os outros três aqui em Salvador, no bairro da Sussuarana", explicou. 

>> Vídeo: médico sequestrado recebe alta em cadeira de rodas

Os sequestradores não tentara resistir. Segundo o delegado, toda operação feita em conjunto e com a participação efetiva de outras unidades da Polícia Civil, como a Coordenação de Operação de Recursos Especiais; a Coordenação de operações do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), policiais da 4ª Corpin e da Delegacia de Castro Alves, de onde a vítima foi abandonada.

"Lá o cativeiro já foi identificado, lá também foi onde o veículo utilizado para o arrebatamento foi deixado, já devidamente periciado também e foi presa uma beneficiária que teve uma transferência para a sua conta lá em Joinville, presa na data de hoje pela Polícia Civil de lá". 

Pagamento do resgate

Assim como a família já tinha adiantado ao Portal A TARDE, o delegado Adailton Adan não revelou o valor que foi pago no resgate para não servir de "incentivo" .

"É a doutrina das unidades antissequestro não estar comentando sobre valores que foram pedidos ou que foram pagos, porque nós não vamos fazer qualquer tipo de incentivo ao bandido para que ele possa acreditar que isso seja um um crime vantajoso. O que nós queremos é mostrar para população baiana que acredite no trabalho da Polícia Civil. Acredite que nós somos capazes de atender ocorrências dessa natureza".

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