POLÍTICA
Assembleia devolve mandato e resgata ideais de Giocondo Dias

Por Patrícia França

Sessenta e seis anos após ter o mandato cassado no governo do presidente Eurico Gaspar Dutra (1946/51), o líder comunista e ex-deputado constituinte na Bahia Giocondo Dias, teve o mandado devolvido em sessão especial realizada nesta quarta-feira, 20, na Assembleia Legislativa.
Se vivo estivesse, o Cabo Vermelho, como era conhecido o ex-secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, que sucedeu Luiz Carlos prestes no comando do Partidão, teria completado 100 anos neste mês de novembro.
O diploma, simbolizando o mandato, foi entregue pelo governador Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), ao filho de Giocondo Dias, Antonio Eduardo Tavares Dias.
Em breves palavras, o filho do líder comunista destacou o espírito combativo, e ao mesmo tempo conciliador, do pai em busca de uma sociedade igualitária.
"Tenho certeza que ele recomeçaria tudo exatamente como ele fez", disse Antonio Eduardo, que estava com a esposa, filhos, sobrinhos e netos de Giocondo Dias.
A devolução do mandato a Giocondo foi proposta pelo deputado Fabrício Falcão (PCdoB). Coube ao deputado Marcelino Galo (PT) e ao sociólogo Joviniano Neto discorrerem sobre a vida e personalidade do comunista baiano.
Prestigiaram o evento militantes do PCB que conheceram o ex-líder, como Dida, Argolo, Gurgel, Carlos Marighela Filho e Ivan Alves Filho, autor do livro "Giocondo Dias Uma Vida na Clandestinidade".
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