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POLÍTICA

Lula já planeja seu sucessor para 2010

Agencia Estado

Por Agencia Estado

03/09/2006 - 9:50 h

Confiante na vitória logo no primeiro turno da eleição, em 1º de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começa a preparar o segundo mandato. No Palácio do Planalto, ele pensa longe: planeja não apenas a montagem do novo ministério como as metas que terá de perseguir e até quem será seu herdeiro, em 2010. Confidenciou a amigos que, depois de enfrentar uma devastadora crise - iniciada há um ano e três meses com o escândalo do mensalão - , quer passar para a história como o presidente que acabou com as brechas para a corrupção e fará de tudo para vitaminar a reforma política.

?Eu perdi os generais, mas vou vencer essa guerra?, afirmou Lula a um interlocutor, em conversa reservada, numa referência aos escudeiros que caíram com a avalanche de escândalos, como o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-presidente do PT José Genoino. Antes da crise, Dirceu e Palocci eram apontados como os herdeiros naturais de Lula.

Para a escalação da equipe no provável segundo mandato, o presidente fará um diagnóstico que vai combinar vários ingredientes políticos: tamanho das alianças, governabilidade no Congresso, representação nos Estados, disputas internas no PT e quem poderá ungir como seu sucessor, em 2010.

Nas fileiras do PT, a ex-prefeita Marta Suplicy aparece bem cotada na lista dos prediletos de Lula. Ele aguarda, porém, a definição do embate em São Paulo. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato ao governo paulista, conta com o apreço do presidente - tanto que ele o apoiou na prévia contra Marta -, mas, se perder a disputa para o tucano José Serra, terá dificuldade de emplacar uma candidatura ao Planalto.

A tendência é que, reeleito, Lula puxe Marta para o ministério - provavelmente em alguma área social - e, a partir daí, avalie seu potencial de crescimento. Se nenhum nome do PT for considerado viável, o presidente já falou na hipótese de apadrinhar como candidato à sua cadeira o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, do PSB.

O governador de Minas, Aécio Neves, é outra alternativa nesse cenário, se conseguir migrar do PSDB para o PMDB - uma operação considerada complicada. Amigo de Lula, o tucano Aécio deve ser reeleito no primeiro turno em Minas. Não esconde sua intenção de concorrer ao Planalto, mas tem um desafiante no PSDB: o próprio José Serra. O ex-prefeito está em primeiro lugar na fila, se vencer a eleição para o Palácio dos Bandeirantes, como indicam as pesquisas. Motivo: já abriu mão da candidatura à Presidência em favor de Geraldo Alckmin.

No governo de coalizão sonhado por Lula para mais quatro anos, o dividido PMDB terá papel de destaque. E, se a parceria vingar, é natural que o partido queira fechar um acordo para indicar o sucessor do presidente - uma hipótese que causa tanta ojeriza no PT como as opções Ciro e Aécio.

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