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Seguro serve para Garantir até conserto

Publicado quinta-feira, 21 de agosto de 2014 às 12:04 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Lhays Feliciano
Amaro
Amaro -

"Do jeito que a cidade está violenta, não dá para andar com carro sem seguro". Infelizmente, esta constataçãodo aposentado Amaro Francisco da Silva Pereira ocorreu após ele ter perdido seu Corsa Classic, modelo 2008-2009, em frente a uma loja de material de construção, na região do conjunto Vale dos Lagos.

 Longe das estatísticas dos bairros mais perigosos de Salvador, o local também pena com a falta de segurança, que tem sido crescente. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, o índice de furtos e roubos de carros chegou a 7.536 casos em 2013 na capital baiana. Destes, 3.833 casos ocorrem no primeiro semestre. Já este ano, a onda da violência cresceu, atingindo 4.064 carros (furtados e roubados) de janeiro a junho, umaumento de 6% em comparação ao mesmo período de 2013.

 Furtos e roubos

 Levantamento da SSP indica queos bairros de Itapuã, Brotas, Boca do Rio, Pituba e a região da Avenida Tancredo Neves lideram a lista dos lugares com maiores índices de roubos e furtos de carros. 

O consultor de seguros Mário Almeida garante que o seguro do carro é mais caro, de 20% a 30%, para quem mora ou circula nesses lugares. "Na hora da contratação do seguro, moradores destes bairros têm desvantagens em relação a quem reside na Ondina, HortoFlorestal, Graça ou Barra", admite.

Almeida explica que as empresas seguradoras estimulam o preço de acordo com o perfil do dono do carro. Além disso, há uma série de critérios que alteram o valor do seguro. "Quesitos como sexo, idade, ter garagem, a frequência que usa o carro e, principalmente, o bairro onde o motorista mora oneram ou não o custo do seguro", indica. O valor final do seguro do carro é o resultado do risco que o automóvel corre. Por isso, há uma variação de um bairro para o outro ou do perfil de um homem com idade acima de 40 anos para um mais jovem.

Seguro

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) comprovam que o mercado de seguros automotivos cresceu 4% entre 2013 e 2014. E
isto pode ser decorrente do aumento no índice de violência nas grandes cidades, que provoca o crescimento da procura pelo seguro do carro.

Fábio Leme, diretor de produtos para seguros automotivos da HDI, afirma que o número de carros assegurados em Salvador aumentou cerca de 18%, e os motivos são diversos. "Além da violência, o trânsito cada vez mais caótico e a imprudência dos motoristas também são fatores que explicam o aumento na procura por seguros", explica Fábio.

Andar em um carro sem seguro é pôr em risco um patrimônio que custa caro. Por isso, Amaro Francisco escolheu fazer parte da parcela da população que optou por ter um seguro automotivo. "Apósoassalto, prestei queixa e apresentei o boletim de ocorrência à seguradora. Em pouco mais de um mês, recebi o valor do carro com base na tabela Fipe", conta. 

Além de situações extremas de roubos, furtos ou perda total do veículo, o seguro total também auxilia nos pequenos problemas do dia a dia. O comerciante Renato Souza Barbosa diz que qualquer problema com o veículo o seguro paga. "Por isso, é importante ler e estar ciente do que está contratando no seguro. Resolvi pagar uma taxa a mais. Assim, quando uma lanterna quebra ou o carro apresentar problemas na mecânica ou na elétrica, o seguro cobre tudo", garante Renato, que perdeu sua Fiat Fiorino 2010 no começo deste ano na Avenida Paralela e foi indenizado pelo seguro.

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