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Manutenção do ar para economizar

Publicado sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 às 09:47 h | Atualizado em 27/02/2015, 10:01 | Autor: Lhays Feliciano
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O que era considerado um artigo de luxo passou a ser necessidade. Em pleno verão, o ar-condicionado é um alívio no calor. Parece ser simples resolver os inconvenientes da alta temperatura com um simples botão, mas manter o clima agradável no interior do veículo pode fazer com que você desembolse um pouco mais na hora de colocar combustível.

O Inmetro divulgou o ranking de consumo de carros ano 2015 do Programa de Etiquetagem Veicular, e um dos modelos que recebeu nota máxima AA foi o Renault Clio, que possui motor 1.0 de 4 cilindros e câmbio manual em todas as versões. Segundo o Inmetro, se abastecidas com gasolina, as médias ficam em 13,1 km/l (cidade) e 14,3 km/l (estrada). Para as versões do Clio sem ar-condicionado, a média é de 14,3 km/l (cidade) e 15,8 km/l (estrada). Diferença significativa.

A estudante de engenharia Geise Lima mora e trabalha em Simões Filho mas estuda em Salvador. Segundo ela, fazer este trajeto todos os dias sem ar-condicionado é impensável. "Está muito calor e os dias estão cada vez mais quentes, em contrapartida o preço da gasolina só sobe. No fim das contas temos que optar por economizar e passar calor, ou pagar a mais pelo conforto", conta Geise, proprietária de um Fiat Grand Siena que faz com gasolina e o ar-condicionado ligado 10 km/l na estrada e 7 km/l na cidade. Sem a utilização do item, o carro chega a fazer 12 km/l (estrada) e 9 km/l (cidade).

Segundo o engenheiro mecânico Gildson Dantas, o ar-condicionado pode consumir até 20% a mais de combustível. "Toda energia do carro é proveniente do motor e o ar-condicionado é item que consome mais energia". Mas o especialista ressalta que abrir os vidros para evitar ligar o ar-condicionado e economizar combustível nem sempre é uma boa escolha.

Em um percurso na cidade pode até valer a pena, mas na estrada, quando a velocidade aumenta, as contas mudam e a viagem com os vidros abertos custa mais do que viajar com uma temperatura bem mais agradável no carro.

"Abrir as janelas em uma velocidade acima de 80 km/h cria resistência ao movimento do carro e aumenta o consumo de combustível", explica Dantas.
O técnico de instalação de ar-condicionado da loja Crimac, Vitor Passos, lembra que a má manutenção dos filtros também influencia no gasto de combustível.

"Ele dificulta o trabalho do equipamento obstruindo a passagem do ar. Isso faz com que o equipamento se esforce mais e consumindo mais". Vitor aconselha que a manutenção do filtro do ar seja feita de seis em seis meses.

Atualmente a maioria dos fabricantes está oferecendo ar-condicionado de fábrica, então a procura maior nas lojas é para instalação em caminhões e máquinas, além da busca por reposição de peças. "Problemas na correia, no rolamento de compressor ou vazamento de gás fazem com que o ar pare de funcionar". Vitor Passos informa que o serviço pode custar de R$ 100 a R$ 2 mil.

Os modelos de ar-condicionado se diferenciam de acordo com a marca, cada montadora projeta seus carros para um tipo de ar. Os modelos da Fiat são líderes em instalações do item de conforto que pode chegar a custar R$ 3 mil a mais na hora de configurar o veículo.

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