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Pagamento começa em janeiro de 2015

Publicado sábado, 17 de maio de 2014 às 00:00 h | Atualizado em 19/11/2021, 06:03 | Autor: Kleyzer Seixas

O principal sonho do brasileiro, a compra da casa própria, vem acompanhado de uma das principais preocupações quando o assunto é finanças pessoais, a forma de pagamento. No Feirão da Casa Própria, onde serão ofertadas 18 mil unidades habitacionais – inicialmente, a Caixa havia previsto que seriam 22 mil –, o destaque da forma de pagamento são os financiamentos. Serão disponibilizadas linhas de créditos com carência até janeiro de 2015, prazo de até 35 anos e taxas de juros a partir de 4,5% ao ano, de acordo com a renda do cliente e valor. Essas condições são válidas durante todo o mês de maio.

No feirão, os visitantes vão contar, por meio da Caixa Econômica Federal (CEF), com dois tipos de financiamento, o SAC (sistema de amortização constante) e a tabela Price. O primeiro, usado por cerca de 90% dos clientes, tende a ser o mais vantajoso, porque o cliente começa pagando um valor mais alto, para terminar o financiamento com parcelas mais baixas, segundo Adelson Prata, gerente regional da CEF.“

"Com uma prestação inicial maior, o SAC vai decrescendo e o cliente paga menos no final. Além disso, os juros são menores em relação à tabela Price"”, afirma Adelson Prata. Nesse financiamento, o risco de inadimplência é menor, porque o cliente adquire o imóvel por um valor de acordo com a sua capacidade de pagamento.

Usada por 10% dos clientes do banco, a tabela Price tem como desvantagem o fato de que, com o passar dos anos de financiamento, as parcelas crescem, e o valor pode comprometer o orçamento familiar no futuro, segundo o gerente. O ponto positivo é que é interessante para quem não tem condições de arcar com uma despesa mais alta inicialmente, mas tem depois. A evolução do parcelamento pode ser feita no simulador da Caixa.

Quem já comprou imóvel sabe que, nem sempre, o valor obtido por meio de financiamento é o suficiente para comprar aquele apartamento que estava nos planos. Aí é que entram as incorporadoras. Elas facilitam a compra dos imóveis oferecendo um crédito, por meio de poupança, mas com um parcelamento menor. Normalmente, o restante do valor é parcelado em até três anos.

Parcelas cabem no bolso?

O empresário Fernando Bofill, de 31 anos, não conseguiu financiar o valor total do seu imovel, de R$ 280 mil, e recorreu à incorporadora, que fez um empréstimo de R$ 100 mil para ele conseguir adquirir o bem. “É uma opção, porque, muitas vezes, você não consegue pegar todo o financiamento”, afirma o empresário.

Mas, antes de optar por fazer mais uma dívida, é importante se perguntar se duas parcelas cabem no bolso. É importante saber ainda que, além dos parcelamentos com menor prazo, as incorporadoras praticam juros de 18% ao ano, enquanto a média dos bancos é de 8,4%, segundo professor e consultor de finanças pessoais Ângelo Guerreiro Costa. "“As empresas dão um prazo de até três anos, é muito pouco para uma parcela muito alta"”, afirma o professor e consultor de finanças.

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