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Estofado futon volta à decoração

Publicado sábado, 31 de agosto de 2019 às 14:10 h | Autor: Mariana Bamberg* | Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE
Grazielle Piccolo usou futons no ambiente Recanto Playa Del Carmen, feito para a Casas Conceitos
Grazielle Piccolo usou futons no ambiente Recanto Playa Del Carmen, feito para a Casas Conceitos -

Presente no imaginário das pessoas como colchonetes ou almofadas típicos de casas japonesas, o estofado futon voltou às tendências da decoração. Mas, desta vez, fugindo do clichê oriental e trazendo modernidade e elegância ao ambiente.

Prova disso é um dos ambientes da Mostra Casas Conceito deste ano. Desenvolvido pela arquiteta Grazielle Piccolo, o projeto conta com dois futons em destaque, aplicados sobre um banco em madeira de quase cinco metros de comprimento. Os estofados ajudaram a criar um aconchegante espaço de contemplação para a Baía de Todos-os-Santos e trouxeram modernidade com tonalidade rosa-pink.

Para a arquiteta, a vantagem do estofado é sua maleabilidade e praticidade. "Seja para retirar, lavar, transportar ou guardar, é uma peça descomplicada e versátil". Desde a sua criação, há cerca de três mil anos na Ásia, a proposta do futon era justamente essa: servir para descanso, mas em um material flexível e prático, a ponto de ser facilmente guardado.

A também arquiteta Isabela Jacobina acredita que, além da praticidade, o futon responde a uma outra demanda da vida moderna: a otimização de espaços. Para a profissional, a versatilidade do material acaba tornando ele uma solução para ambientes pequenos.

"Ele pode cumprir mais de uma função. Pode ser dobrado e utilizado como sofá, depois aberto e disposto no chão como colchão, pode servir de pufe, almofada e outras funções. A praticidade faz dele soluções adaptáveis às necessidades atuais e ajuda na busca pelo conforto", conta.

Mais versátil

E ao contrário do que muitos pensam, futons não são apenas aqueles colchonetes e almofadas com pequenos gomos e profundidades. Ao longo do tempo, o estofado foi se adaptando às necessidades ocidentais e ganhando releituras. Com diversos formatos, tecidos, cores e espessuras, ele se tornou ainda mais versátil.

Mas, em meio a tanta variedade, escolher o futon ideal não é tão fácil. A orientação da designer Nágila Andrade é levar em consideração a espuma e o tecido, pois é isso que vai fazer com que ele se adéque ao estilo da decoração. Grazielle concorda. Para ela, o estofado pode ser usado tanto em ambientes mais despojados quanto naqueles mais sofisticados, tudo depende de suas características.

"Dependendo do ambiente, pode ser usado futon em tecidos nobres, como a seda. Já para propostas mais despojadas, pode ser em algodão. Ambos os tecidos são para áreas internas. Nas externas, como jardins, o ideal é um tecido acrílico", orienta a arquiteta.

Nos ambientes internos, futons vão muito além da sala de TV e cantinho zen. Nágila, por exemplo, costuma utilizá-los em quartos de adolescentes, "normalmente locais mais modernos e descolados".

Já Isabela sugere usar o material em quartos de crianças ou bebês, como uma minicama ou espaço para brincar.

A arquiteta alerta ainda para uma outra tendência: o uso do futon em espaços comerciais. Ela, por exemplo, está desenvolvendo o projeto de uma loja de waffle e vai utilizar o material em tecidos impermeáveis e laváveis, sobre bancos de madeira.

"Mas é possível utilizar também em tablados amadeirados, como sofás em gabinetes, como colchões nos quartos, sob escadas criando um espaço de leitura, ou apenas proporcionar mais conforto em cadeiras. São muitas possibilidades simples, práticas e por um preço acessível".

*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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