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Alison ainda espera ajudar o Tricolor na temporada

Publicado sexta-feira, 06 de março de 2009 às 21:07 h | Atualizado em 07/03/2009, 01:03 | Autor: Moysés Suzart, do A TARDE

Na segunda estrela do escudo tricolor da camisa, que representa a conquista do Brasileirão de 1988, uma imagem de Nossa Senhora do Carmo pendurada. “Ganhei. Me disseram que ela cuida das causas impossíveis”, disse o zagueiro Alison, que após o 10º dia contundido, quebrou o silêncio e resolveu falar. O jogador rompeu o ligamento cruzado do joelho direito e pode ficar até 9 meses parado.

Com este problema sério para um jogador, Alison se agarrou a fé. “No dia que fiquei sabendo da gravidade da situação, perguntei logo a causa disso para Deus. Eu sou um bom pai, bom marido. Prezo pela família a não merecia isso. Porém, com a cabeça mais tranquila, resolvi pensar que isso tudo aconteceu porque tinha que acontecer. Deus sabe o que faz”, concluiu.

Na próxima segunda, um novo exame está marcado e o atleta tem esperança de não precisar ficar tanto tempo parado. “Meu joelho já não está tão ‘feio‘ como estava. Estou fazendo até acupuntura. Vou rezar para não precisar fazer a cirurgia, tampouco ficar tanto tempo parado”, disse Alison, mesmo sabendo que só um milagre para escapar de uma operação no joelho. 

Ainda com um olhar distante, o zagueiro inclusive pensou em desistir da carreira. “A primeira coisa que pensei foi em voltar para Natal e esquecer minha carreira. Depois do falecimento da minha avó, foi a pior notícia que eu tive. Quando soube da gravidade, meu desejo foi parar e voltar para minha terra”, confessou.

Porém, já com lágrimas nos olhos, o jogador de 25 anos disse o que fez desistir da idéia. “Minha filha precisa de mim. E minha família me convenceu a seguir em frente. Bom daquele que honra sua família e confia nela. A minha é uma estrutura sólida na minha vida“, deu o aviso o zagueiro Alison, lembrando da sua filhinha Ana Clara, que faz 10 meses amanhã (domingo)“.

A zaga tricolor sente falta da boa campanha de Alison na temporada. “Sinto muita falta dele comigo na zaga, sem desmerecer os outros companheiros. Mas já tínhamos uma sintonia e sabíamos automaticamente o posicionamento de cada um. Agora tenho que começar tudo de novo com outro colega”, confessou o zagueiro Nen, que ainda não levou cartão amarelo no ano.

E Nen tem razão. Com o desfalque de Alison, o Bahia levou 4 gols, mesmo número de todos os jogos do primeiro turno do estadual. “Acho isso uma coincidência. O grupo é bom e uma hora iria perder, seja comigo ou não. Temos um bom elenco”, finalizou Alison, que, segundo ele, recebeu proposta de renovação do Bahia, mesmo machucado.

Gallo –  Só pode ser a água de Ribeirão Preto, em São Paulo. Natural de lá, o ex-técnico Mancini era claro na sua antipatia pela imprensa baiana. O seu conterrâneo e treinador do Bahia, Alexandre Gallo, parece ter o mesmo conceito. Após a cartilha que limita o número de entrevistas, o comandante tricolor ainda faz birra para conceder coletiva no dia que deveria fazer.

Na sexta-feira, 6, após encerramento do treino de 30 minutos e com o centro de treinamento cercado de fumaça devido a uma queimada próximo ao Fazendão, Gallo preferiu respirar o gás carbônico a falar com a imprensa. Mas acabou falando com os poucos plantonistas que ficaram.

E o assunto foi melhor que a fumaça no CT. Com a demissão de René Simões, do Fluminense, o técnico foi indagado se foi procurado para assumir o tricolor carioca. “Não”, disse. Com mais uma pergunta, ele falou mais. “Isso vai de encontro ao que é pregado aqui no Bahia”. Depois de mais uma insistência, ele falou. “Bom, é verdade que fui procurado sim...”, confessou, não querendo mais tocar no assunto. Sobre o time para domingo, 8, só será definido pouco antes do jogo.

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