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Brasil bate recorde da exportação de janeiro a abril: US$ 108 bi

Bahia é destaque na exportação de frutas e água de coco

Publicado quinta-feira, 09 de maio de 2024 às 07:42 h | Atualizado em 09/05/2024, 07:59 | Autor: Da Redação
Corrente comercial chega a US$ 189,9 bilhões no quadrimestre
Corrente comercial chega a US$ 189,9 bilhões no quadrimestre -

As exportações brasileiras bateram recorde para o primeiro quadrimestre do ano, segundo os dados da Balança Comercial de abril divulgados nesta quarta-feira, 08, pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Em abril, as exportações somaram US$ 31bilhões e as importações US$ 22 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,04 bilhões e corrente de comércio de US$ 52,8 bilhões.

No ano, as exportações totalizam US$ 108 bilhões, 5,7% acima do mesmo período de 2023, que havia alcançado a marca recorde de US$ 103 bilhões. Já as importações totalizaram US$ 81,1 bilhões, crescimento de 2,2% no período. O saldo positivo foi de US$ 27,7 bilhões e a corrente de comércio somou US$ 189,9 bilhões, aumento de 4,2%.

Setor e Produtos

Por setores, na comparação mensal, o desempenho das exportações foi o seguinte: queda de US$ 0,7 bi (-7,9%) em Agropecuária; crescimento de US$ 2,47 bi (48,6%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 2,15 bi (16,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

Nas importações, houve crescimento de US$ 0,2 bi (58,1%) em Agropecuária; queda de US$ 0,05 bilhões (-3,1%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 2,59 bi (15,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

Entre os produtos tradicionais que apresentaram recorde de exportação, destacam-se:

Petróleo bruto (US$ 15,8 bilhões)
Açúcar (US$ 5,7 bilhões)
Óleos combustíveis (US$ 4,2 bilhões)
Farelo de soja (US$ 3,6 bilhões)
Café em grão (US$ 3,1 bilhões)
Celulose (US$ 3 bilhões)

Outros produtos também merecem destaque nos recordes.

Um deles é o suco de frutas, que alcançou a marca de US$ 899 milhões de janeiro a abril, crescimento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O recorde anterior foi em 2013, de US$ 868 milhões.

O suco de laranja representou 90% desse valor. Entretanto, a água de coco vem se destacando nas exportações desse grupo de produtos. De janeiro a abril, foram exportados US$ 18 milhões em água de coco, valor inédito para o período, com crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2023, recorde anterior com US$ 16,7 milhões. As principais origens são Ceará, Bahia, Pernambuco e Alagoas. O principal destino foram os Estados Unidos.

Em outra categoria, frutas e nozes, o Brasil exportou US$ 338 milhões, crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O recorde anterior era de 2021, com US$ 302 milhões.

As principais frutas exportadas pelo Brasil de janeiro a abril foram mangas, melões, limões e abacates. Os principais estados exportadores foram Rio Grande do Norte, Pernambuco, São Paulo, Bahia e Ceará; e os destinos principais são Europa e Estados Unidos.

Já em relação a equipamentos, máquinas de energia elétrica tiveram exportações de US$ 270 milhões, 73,1% de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior. O recorde anterior era de 2009, com US$ 180 milhões.

O Brasil também bateu recorde de exportação de máquinas de energia elétrica, como transformadores e conversores elétricos. Os Estados Unidos são o maior destino desses bens.

Destacam-se ainda produtos de perfumaria ou tocador, com o valor de US$ 193 milhões, aumento de 7,8% em relação de janeiro a abril /23. Neste grupo estão xampus e outras preparações capilares, dentifrícios, perfumes, águas de colônia e maquiagens, entre outros. Os principais destinos foram México, Colômbia, Argentina, Chile e Estados Unidos.

Por fim, instrumentos e aparelhos para usos medicinais, cirúrgicos, dentários ou veterinários exportaram US$ 74 milhões, aumento de 16,9% sobre o último recorde, de 2023 (US$ 63 milhões). Neste grupo estão agulhas para suturas, instrumentos odontológicos, seringas, catéteres etc. O Brasil exportou esses bens principalmente para os Estados Unidos, México, Colômbia e Argentina.

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