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Bahia tem 1º trimestre com saldo de 25,1 mil empregos; entenda cenário

Resultado positivo acontece em comparação ao mesmo período em 2023

Publicado quarta-feira, 01 de maio de 2024 às 09:00 h | Autor: Fábio Bittencourt
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A Bahia fechou o primeiro trimestre de 2024 com saldo positivo de 25,1 mil empregos, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados no estado 12.482 novos postos de trabalho com carteira assinada. Este foi o terceiro mês seguido de superávit. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado de março se mostrou superior tanto ao de fevereiro, com a criação de 9.433 vagas, quanto ao do mesmo mês do ano anterior (9.408). Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Bahia passou a contar com 2.077.441 vínculos celetistas ativos, variação de 0,60% sobre o quantitativo do mês imediatamente anterior.

A capital baiana registrou saldo de 3.595 empregos formais, somando 653.662 vínculos, alta de 0,55% sobre o montante de posições existente em fevereiro. Já o País encerrou o mês de março com saldo positivo de 244.315 empregos com carteira assinada. No acumulado do ano (janeiro a março de 2024), a diferença foi de 719.033 empregos, um aumento de 34% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

Ainda de acordo com a SEI, na Bahia, em março, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo de postos de trabalho celetista. O segmento de serviços (8.155 vagas) foi o que mais gerou postos dentre os setores. Em seguida vieram indústria geral (1.580 vínculos), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (1.475 empregos), comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (950 postos) e construção (323 vagas).

Para o consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), Guilherme Dietze, os números são otimistas e mostram "um cenário positivo da economia, excluindo o varejo", disse.

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“Dados positivos”

"Os dados são positivos de uma maneira geral. O saldo de 25.146 dos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano é um pouco maior do que o registrado no mesmo período de 2023, de 22.056. Evidentemente, o setor de serviços lidera as contratações no início do ano, mas, por outro lado, vemos um cenário de um pouco mais de cautela do comércio varejista, porque nesse mesmo período houve uma retração do comércio em geral de 185 (posições), e o comércio varejista, especificamente, não envolvendo veículos nem o atacado, (registrou) uma queda de quase três mil empregados formais ao longo desse período", contou Dietze.

O economista destacou, no entanto, que, apesar do incremento no faturamento do comércio, isso não necessariamente se traduziu em resultado financeiro positivo, ou seja, lucro das empresas. "Sobretudo no setor de vestuário e calçados, notamos um cenário mais negativo, de preços elevados, com as pessoas comprando pela internet. Ou já compraram no pós-pandemia o guarda-roupas (entre outros itens) nos anos de 2022, 2023, e reduziu mais as aquisições por agora. Então temos um pouco mais de cautela no comércio varejista", falou Dietze.

"Mas, o aumento de 25 mil esse ano contra 22 mil de 2023 traz um cenário positivo da economia. Porque são pessoas que vão ter uma renda maior com o emprego formal, mais acesso a crédito, o que é extremamente importante. Alguns segmentos do comércio estão se sobressaindo mais, como supermercados e farmácias, e, no setor de serviços, as pessoas ampliando cada vez mais os gastos. Isso tudo mostra uma conjuntura nacional de crescimento da economia. A consequência é muito boa. Emprego formal se traduz em aumento de consumo, e segurança de longo prazo", afirmou o consultor econômico da Fecomércio.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), dos 25.146 novos postos de trabalho gerados pela economia da Bahia no primeiro trimestre de 2024, o setor industrial contribuiu com 4.851 vagas (19,3%), sendo 2.259 só na indústria da construção. Já na área de de transformação, os segmentos que mais contrataram foram manutenção e reparação de máquina e equipamentos (636); borracha e plásticos (484); produtos têxteis (332); de Metal (301); alimentos (298); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (287).

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