Banda debuta com mistura de rock e cangaço | A TARDE
Atarde > Cultura > Música

Banda debuta com mistura de rock e cangaço

Publicado quinta-feira, 27 de agosto de 2015 às 22:57 h | Autor: Débora Rezende
Salomé e os Cangaceiros do Rock
Salomé e os Cangaceiros do Rock -

"O rock tem essa coisa rebelde que o cangaço também tem". A premissa é de Luisa Proserpio, a vocalista da banda Salomé e os Cangaceiros do Rock, que debuta nesta sexta-feira, 28, no Dubliners Irish Pub, às 23 horas, apresentando no repertório clássicos do rock com pitadas da música nordestina.

A ideia, curiosa, começou como uma brincadeira entre Luisa e Jerry Marlon, baixista do grupo. Ambos também integram a banda Limusine, e foi durante os ensaios para os shows que o conceito tomou forma. "Eu vi que ela tinha uma coisa meio rocker. A  história do cangaceiro veio depois", explica Jerry.

Agora, já com o projeto encaminhado, eles se juntam aos músicos Luizinho Assis (teclados), Nino Moura (guitarra) e Brian Knave (bateria) para interpretar sucessos de nomes que vão de Gilberto Gil e Raul Seixas a Led Zeppelin e Tina Turner, com passagens por ritmos nordestinos como o baião e o mandacaru.

Rock do sertão

O conceito da banda foi da vocalista. "A estética do rock é puro cangaço", define Luisa Proserpio, associando a postura dos roqueiros aos ideais libertários dos cangaceiros. "O rock é esse grito por liberdade", define a cantora. "A gente fez a seleção do repertório baseado nessa  vontade, nesse desejo de se expressar com liberdade, com paixão".

Desse modo, algumas canções clássicas do rock serão entrecortadas pela inserção de ritmos mais próximos ao sertão nordestino. "Em partes de algumas músicas, a gente  colocou os elementos da música nordestina", explica o baixista. "Não o tempo todo, em alguns momentos", reforça.

Além do conceito rock plus cangaço do show, o debut da banda será marcado pela inserção de outra linguagem, o teatro. Luisa Proserpio, que também é atriz, sobe ao palco na pele da  personagem Salomé, que interpreta anualmente n'A Paixão de Cristo.

"Durante o show tem uma performance com algumas  músicas, com algumas poesias. Não tem como não ter teatro", afirma Luisa.

A marca de múltiplas linguagens no espetáculo, aliada a arranjos curiosos, é uma maneira de fazer com que Salomé e os Cangaceiros do Rock se destaque no cenário. "Para você fazer um show com releituras, tem que ter  alguma coisa a mais", argumenta o baixista Jerry Marlon.

Publicações relacionadas