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Em Salvador, Bruno vai bem, mas Geraldo (ou Jerônimo) nem tanto

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado quinta-feira, 21 de março de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
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Com apoio de mais de 30 dos 43 vereadores de Salvador, Bruno Reis (UB), o prefeito de Salvador que busca a reeleição, conseguiu arrumar a base e colocar todos em partidos que facilitam a volta, conforme as novas regras. Na outra banda, Jerônimo tem tido dificuldades para ajustar os apoios a Geraldo Júnior (MDB).

Os pontos que dificultam os entendimentos são dois.

1 — A dificuldade de encontrar um coordenador. Um dos convidados foi Henrique Carballal, hoje na presidência da CBPM. Recusou.

2 — A escolha do vice. Jerônimo está chateado, ao que dizem, porque a deputada Olívia Santana (PCdoB) foi convidada e recusou.

Na esquerda —Alguns deputados dizem que grande parte das dificuldades vem de um fato: boa parte da esquerda da base governista engoliu, mas não digeriu Geraldo. Daí o crescimento de Kleber Rosa, do PSOL, nas pesquisas.

Vai dar para ajustar? Resposta de um aliado do governo:

— Em toda arrumação política se tem perdas e ganhos, No caso, houve ganhos com Geraldinho, mas também muitas perdas não previstas.

Seja como for, entre governistas se diz que já se sabe que a eleição em Salvador ‘é difícil’, num cenário com Bruno Reis bem avaliado. E por conta disso, cresce a importância sobre o resultado, que definirá o futuro de Geraldinho em 2026.

Se perder, mas com bom desempenho, ganha um passaporte para permanecer vice. Se perder com mau desempenho, joga a vaga para o ar.

Os governistas estão na expectativa, alguns só esperando.

Na ressaca da PEC, o tititi em torno dos contra e ausentes

A votação da PEC da reeleição na Assembleia foi o prato principal ontem nos corredores da Alba, e na pauta o tititi sobre os quatro ausentes na sessão.

Votaram contra os deputados Hilton Coelho (PSOL), este por não aceitar a volta da reeleição, e Júnior Nascimento (UB), adversário do presidente Adolfo Menezes (PSD) na política de Campo Formoso.

Dos quatro ausentes, Fátima Nunes (PT), justificou, tinha compromissos fora, a deputada Maria Del Carmen (PT) estava com problemas de saúde, o deputado Eduardo Alencar (PSD) estava presente e na hora da votação, sabe-se lá porque, sumiu, e a deputada Ivana Bastos (PSD), pré-candidata declarada à presidência, não apareceu e nem disse porque.

Claro que a opção de Ivana gerou uma interpretação imediata (e consensual): motivos óbvios.

Marcelino de volta à cena

Após três mandatos na Alba, Marcelino Galo (PT) perdeu a reeleição em 2022, ficou na 2ª suplência, mas com ida de Paulo Rangel para o TCM, Neusa Cadore, a 1ª suplente, se efetivou e ele assumiu o mandato na vaga de Osni Cardoso, que está secretário. Ele passou esse tempo como funcionário da Alba e diz ter tirado lições:

—Devo a volta à bancada do meu partido e a Jerônimo. Deu para fazer uma inserção nos problemas dos servidores.

Juan Castillo, um comunista uruguaio entre os baianos

Quem está em Salvador é o senador uruguaio Juan Castillo, secretário geral do PCU, ou Partido Comunista do Uruguai. Está aqui para participar do Festival Vermelho, amanhã e sábado, com o lema Cultivando a Democracia, no Santo Antônio Além do Carmo, para celebrar os 102 anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Com dois deputados federais (Daniel Almeida e Alice Portugal) e quatro estaduais (Olívia Santana, Bobô, Zó e Fabrício Falcão), o PCdoB tem na Bahia um dos mais fortes núcleos do Brasil. Juan Castillo diz que veio celebrar com os companheiros.

— Lula faz um governo companheiro e isso gera muitas expectativas em todo o continente.

Este ano tem eleição presidencial no Uruguai.

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