E no caso de Chiquinho Brazão, a pretensão era impunidade? Parece | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

E no caso de Chiquinho Brazão, a pretensão era impunidade? Parece

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado sexta-feira, 12 de abril de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Imagem ilustrativa da imagem E no caso de Chiquinho Brazão, a pretensão era impunidade? Parece
-

Matar é o pior dos crimes. Por mais que se faça justiça, nunca fica justo, já que uma parte é condenada a ficar debaixo do chão pela eternidade. Mas, convém acatar os pareceres de criminalistas e juristas: assassinatos também têm hierarquia, que vai dos casos compreensíveis até a sublimação da estupidez.

Em qualquer interpretação sensata, o caso Marielle Franco é top em tal escala. A motivação é encher o bolso, e os autores então celebram um escárnio institucional. Um delegado envolvido pilotando as investigações e os mandantes, convictos da impunidade, um (Domingos Brazão) virou conselheiro do TCE-RJ e outro (Chiquinho Brazão) virou deputado federal.

Nesse contexto causou espanto ver a Câmara dos Deputados votar se ele deve ser preso ou não. E entre os que votaram não alguns como o Capitão Alden, do PL baiano, dizer que a prisão de Chiquinho estava ferindo ‘um direito constitucional’.

Elmar —E já que perguntar não ofende, teriam os defensores da imunidade (leia-se impunidade) do deputado Chiquinho a fineza de dizer onde ficam os direitos constitucionais de Marielle?

Também nesse contexto ficou esquesito o voto do deputado Elmar Nascimento (UB) pélo não, assim como fizeram, além dele e Alden, Dal, Zé Rocha e Paulo Azi, todos do UB. A questão é que Elmar é candidato a presidência da Câmara. Ele mais perdeu ou ganhou? Fica a resposta para os próximos capítulos: mais perdeu.

O baiano Antonio, Brito (PSD), também presidenciável, votou sim. E acha que só ganhou.

No quem é quem da votação, a Bancada da Bala falou forte

A favor da flexibilização do uso de armas e contra as políticas desamarmentistas, a chamada Bancada da Bala, ou Frente Parlamentar da Segurança Pública, a que agrega deputados defensores da tese de que ’Bandido bom é bandido morto’ votou em peso a favor na libertação do deputado Chiquinho Brazão, o acusado de ter mandado matar Marielle Franco.

Dos 240 integrantes, 44% foi a favor, 32% contra e 8% se absteve. Dos cinco baianos que votaram pela libertação de Chiquinho, só o Capitão Alden (PL) é da Bancada da Bala.

No placar geral foram 277 votos a favor da manutenção da prisão, 129 contra, 28 abstenções e 79 ausentes. Dos 39 baianos, 24 votaram sim, 5 pela soltura de Chiquinho, seis estavam ausentes e quatro se abstiveram. Um deputado baiano até brincou:

— Baiano é contra matar de tiro. Pode até matar de raiva, mas de tiro, não.

Em Guanambi, apostas feitas

Após muito saltitar entre sim e não sobre uma possível candidatura a prefeito de Guanambi, o deputado federal Charles Fernandes (PSD), também ex-prefeito, lá tomou a decisão: não.

Lá, o prefeito Nal Azevedo (Avante), que ascendeu ao cargo com a renúncia de Nilo Coelho, vai encarar Rodrigo Boa Sorte (PSD), que é filho do ex-deputado Vá Boa Sorte. também ex-prefeito. É jogo duro, dizem.

Segundo Pedro Tavares, a malha aérea baiana ecolheu

O deputado Pedro Tavares (UB) se diz indignado com o encolhimento da malha aérea baiana para vôos domésticos, Fala ele que a Voe Pass cancelou todos os voos para cidades como Ilhéus, Porto Seguro e Vitória da Conquista e agora quem parte de Salvador para tais destinos tem que dar um volteio por Guarulhos, em São Paulo, ou Cofins, em Belo Horizonte.

— Segundo a Decolar, quem sai de Salvador para Ilhéus, pela Azul, passa por São Paulo e o preço ida e volta fica R$ 7.782.. Quem vai a Porto Seguro, também pela Azul, passa em Belo Horizonte e o preço fica por R$ 3.777. Já quem vai a Conquista em vôo direto da Azul é de R$ 1.968. O governo tem que olhar isso, Estamos involuindo.

Publicações relacionadas