Biblioteca do Jornalista, cardápio para a alma | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

Biblioteca do Jornalista, cardápio para a alma

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado domingo, 14 de abril de 2024 às 01:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Florisvaldo Mattos na Livraria Cultura
Florisvaldo Mattos na Livraria Cultura -

Bom companheiro e amigo nos tempos do saudoso Jornal da Bahia, o também saudoso Anízio Félix, companheiro e amigo, ensinava que a arte de escrever implicitamente estabelece a paródia dos três ‘efes’:

— Fato ou ficção, o narrador tem que saber atrair o farejador que alimenta a alma comendo com os olhos.

O velho Anízio ficaria muito orgulhoso com o belo cardápio de comida para a alma da Biblioteca do Jornalista Baiano, a ser inaugurada terça, depois de amanhã, no Ed. Bráulio Xavier, na sede do Sindicato dos Jornalistas da Bahia.

O jornalista Nestor Mendes Jr idealizou, a diretoria presidida por Moacyr Neves encampou, e resultado: mais de 300 obras de 170 autores estão no acervo, com Anízio Félix entre eles.

Referência —Trinta dos autores, como Florisvaldo Mattos, Fernando Vita, Emiliano José, Ruy Espinheira Filho, Nelson Cadena, Carlos Navarro, Sérgio Mattos, Cau Gomez, Tasso Franco e Eliezer César foram levar suas obras pessoalmente.

Entre eles Jorginho Ramos, falecido no início do mês (dia 4), que num dos últimos atos da vida, exatamente dois dias antes de partir, foi lá levar O Semeador de Orquestras, que narra a história de Tranquilino Bastos, um maestro abolicionista.

Conta Nestor que a ideia bombou. O jornalista Luís Pimentel, por exemplo, que mora no Rio e é pouco conhecido cá, mandou de lá, pelo Sedex, cinco livros. Nestor se diz surpreendido:

— Foi impressionante. Só o Sérgio Mattos tem mais de 60 livros publicados. Não estamos fazendo uma biblioteca de consultas e sim de referência. Uma referência sobre os autores jornalistas do nosso tempo.

Ele afirma que foi no trabalho para encontrar autores que fisgou O Arauto – Memórias de um jornalista, de Nilson de Oliva Cezar, o Pixoxó. E a busca continua.

Se a arte alegra a vida, como dizia o saudoso Ariovaldo Mattos, na parte que toca aos jornalistas baianos que produziram ou produzem alimentos para a alma, a Bahia está bem.

Colaborou: Marcos Vinicius

Publicações relacionadas