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SALVADOR

Ipac tomba Marista e adia destino do colégio

Emanuella Sombra e Luisa Torreão, do A TARDE

Por Emanuella Sombra e Luisa Torreão, do A TARDE

09/10/2008 - 23:19 h | Atualizada em 10/10/2008 - 1:17

Após polêmica em torno da venda à empresa Queiroz Galvão, que até agora não divulgou qual empreendimento imobi liário será construído no local, o Colégio Marista, no Canela, foi tombado provisoriamente pelo Ipac – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. A diretoria do colégio foi notificada a tarde de quinta-feira, 9.

De acordo com Mateus Torres, gerente de Pesquisa e Legislação do órgão, o tombamento provisório impossibilita qualquer tipo de intervenção brusca no prédio, como reforma ou demolição. Dentro de um mês o Ipac encaminhará dossiê ao Conselho Estadual de Cultura, no qual trará estudo sobre o valor histórico, arquitetônico e simbólico do Marista.

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“Se o conselho aprovar, o governador Jaques Wagner poderá homologar a decisão, tornando o Marista patrimônio Histórico da Bahia”, diz Torres. Segundo o Ipac, o tombamento provisório foi solicitado em documento pela Associação de Pais da escola, e não configura um parecer definitivo.

O pedido oficial foi subscrito por especialistas e autoridades no assunto, como a presidente da Fundação Gregório de Mattos, a arquiteta Adriana Castro. “O Marista tem história, faz parte da urbanização da cidade. Dali saíram artistas, políticos, personalidades da Bahia”, avaliou ela. Dentre ex-alunos ilustres, estão Gilberto Gil, Nizan Guanaes e ACM Neto, dentre vários outros.

Também subscreveu o documento o pesquisador em patrimônio histórico Carlos Amorim, para quem “não foi colocado o arquitetônico como mais importante, mas o valor afetivo para a comunidade, a tradição humanista da instituição”. Até o fechamento da matéria, representantes do Marista e da Queiroz Galvão não foram encontrados para comentar o tombamento.

INDEFINIDO – A construtora pernambucana Queiroz Galvão garante que ainda não sabe o que vai erguer no lugar do Marista, caso ele não se torne patrimônio da Bahia. O superintendente regional da construtora, Nelson Calazans, diz que um estudo de mercado vai definir o empreendimento que irá ocupar o terreno. Segundo ele, ainda não há prazos estipulados para desenvolver o projeto. “Não temos ainda nada definido, até mesmo em função do momento econômico mundial”, alega.

RUMO AO NORTE – O desativamento da unidade do Marista no Canela é explicado pela tendência de expansão da cidade em direção ao norte. É o que diz o irmão Gentil Paganotto, presidente da União Brasileira de Educação e Cultura, mantenedora da rede de colégios Marista. Segundo ele, a venda vinha sendo estudada desde 2002, quando se planejava a construção da sede em Patamares. “O sentido é o de seguir para onde a cidade cresce. A área do Centro já não tem mais espaço”, afirma o dirigente da instituição.

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