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Vendas de veículos novos crescem 19,8% no bimestre

Projeções apontam recuperação do mercado e novos investimentos; antecipamos lançamentos de SUVs

Publicado quarta-feira, 06 de março de 2024 às 06:20 h | Autor: Núbia Cristina
Segmento de automóveis teve um avanço de 19,6%
Segmento de automóveis teve um avanço de 19,6% -

Balanço da Fenabrave divulgado nesta segunda-feira, 4, aponta que houve crescimento de 19,8% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no primeiro bimestre, comparado com os primeiros dois meses de 2023. A alta foi considerada consistente e em fevereiro foram 165,2 mil licenciamentos, acréscimo de 27,2% sobre o mesmo mês do ano passado e de 2,2% em relação a janeiro. As projeções indicam que 2024 será um ano próspero para o mercado automotivo e repleto de novidades para os consumidores, especialmente para apaixonados por SUVS que esperam por modelos mais compactos e acessíveis.

O resultado no bimestre foi mais robusto para no segmento de automóveis, com avanço de 19,6% e somando 238,8 mil unidades. Já em comerciais leves a alta chegou a 35,6%, para 68,5 mil utilitários. Segundo a Fenabrave, que representa 7.400 concessionárias, houve alta de 14,6% nas vendas diárias de veículos, considerando todos os segmentos.

“Notamos uma recuperação geral, nas vendas diárias da maior parte dos segmentos, o que aponta para um ano positivo”, avalia Andreta Jr., presidente da entidade. “São resultados consistentes para os segmentos de maior volume, o que nos deixa otimistas. Temos indicativos econômicos e setoriais que mostram uma conjuntura positiva para este ano”. Ele sinaliza para a redução das taxas de juros e maior oferta de crédito para compra de veículos.

Os recentes anúncios de grandes investimentos de empresas do setor também contribuem para um cenário positivo. Os aportes anunciados já somam quase R$ 100 bilhões no atual ciclo. De acordo com a Anfavea, esse valor deve crescer em breve com novos anúncios, e o montante inclui investimentos em curso de montadoras instaladas no país, de novos entrantes no mercado brasileiro e do setor de autopeças.

O Programa Mobilidade Verde e Inovação ou Mover também deve contribuir para impulsionar o setor, estimulando investimentos sustentáveis. O Mover foi criado no final do ano passado para promover a expansão de investimentos em eficiência energética, incluir limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrar menos imposto de quem polui menos, criando o IPI Verde.

SUVS compactos

O ano de 2024 deve ficar marcado pela ascensão dos elétricos e híbridos e pela concorrência acirrada no segmento de SUVs. Lançamentos de modelos mais compactos devem atrair maior volume de consumidores. A Renault iniciou em janeiro a pré-venda do Kardian, que terá três versões e vai brigar com Fiat Pulse e Volkswagen Nivus.

O modelo deve chegar às concessionárias no dia 19 deste mês, nas versões Evolution (R$ 112.790), Techno (R$ 122.990) e Premiere Edition (R$ 132.790), configuração de lançamento. Compacto, o Kardian tem 4,11 metros de comprimento, 2,60 metros de entre-eixos, 1,77 metro de largura e 1,54 metro de altura, e acomoda até 410 litros no porta-malas. Em relação ao entre-eixos, comparando com Pulse e Nivus, são 2,60 m, contra 2,53 m e 2,57 m, respectivamente, então o compacto da Renault leva vantagem. Todas as versões terão painel de instrumentos digital de 7 polegadas e central multimídia de 8 polegadas com conexão de Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

Há outros lançamentos de SUVs compactos previstos para o mercado brasileiro este ano. A Citroën deve estrear o SUV-cupê C3X no segundo semestre. É esperado ainda o GWM Haval H4, SUV compacto-médio. A Peugeot não faz mudanças no 2008 desde 2015, por isso é aguardada nova versão do SUV.

Commander Overland TD380 entrega muito conteúdo e desempenho

Os SUVs de maior porte atraem quem precisa de um carro robusto, com mais espaço. Rodamos com o Jeep Commander na versão Overland TD380 4x4, a top de linha, com motor 2.0 turbodiesel, de 170 cavalos. Ele está bem equipado para os desafios do cotidiano da cidade ou para as aventuras das viagens em férias com a família ou amigos. Tecnologia, conforto, design e desempenho são palavras que definem o irmão maior do Jeep Compass, que acomoda sete ocupantes.

Produzido na fábrica de Goiana, em Pernambuco, o modelo da Jeep custa a partir de R$273.471 e rivaliza, por exemplo, com a Chevrolet Trailblazer, Toyota SW4 e o Mitsubishi Pajero Sport, entre outros. Em relação ao design tem o estilo Jeep, com a tradicional grade de sete fendas. A versão Overland traz de série o teto solar panorâmico, com cortina que se abre até o banco de trás.

O acabamento interno é diferenciado, com painel revestido em couro e suede nas cores marrom, preto e cinza, além de costura aparente. Multifuncional, o volante é revestido em couro, além de ter desenho esportivo e aletas para mudanças de marchas. As maçanetas são em alumínio. O sistema de ar-condicionado é muito eficiente, e a alta qualidade da sonorização torna as viagens agradáveis.

A versão top tem painel de instrumentos digital e configurável, com tela de 10,25 polegadas. A central multimídia tem tela tátil flutuante de 10,1 polegadas full HD, com navegação nativa e espelhamento para Apple Carplay e Android Auto por conexão sem fio. Com a terceira fileira de bancos rebatida o volume para bagagens é de 661 litros, mas com ela montada cai para 233 litros.

Além de trazer sete airbags nas duas versões, o Commander conta com Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS), que integram tecnologias de direção autônoma, como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), detecção de ponto cego e de tráfego cruzado, alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência para pedestres, ciclistas ou motociclistas, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de velocidade, alerta de colisão com frenagem automática, comutação automática de faróis e park assist. O carro é bom de dirigir, tem boa estabilidade.

Jeep Commander, versão Overland TD380, 4x4,170 cv
Jeep Commander, versão Overland TD380, 4x4,170 cv |  Foto: Divulgação

Pontos críticos

O preço do diesel é mais caro em relação à gasolina, então pense no custo de combustível. Embora o consumo da versão que testamos, média 10,7 quilômetros em área urbana, seja razoável. O custo de manutenção desse 4x4 de luxo também é maior.

A terceira fileira, cujo acesso exige certo esforço, é desconfortável. Os dois bancos atrás têm assentos muito baixos, e o espaço é apertado. Ela pode acomodar as crianças, mas é difícil para adultos.

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