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Boas-novas para a blindagem

Publicado quarta-feira, 20 de maio de 2020 às 18:36 h | Atualizado em 20/05/2020, 18:38 | Autor: Lúcia Camargo Nunes
Qualquer tipo de veículo pode ser blindado, mesmo os menores | Foto: Divulgação
Qualquer tipo de veículo pode ser blindado, mesmo os menores | Foto: Divulgação -

Os dados mais recentes sobre blindagem no Brasil mostram que o segmento segue em ascensão. Até o fim de 2018, a frota nacional era estimada em 220 mil veículos com proteção balística. Alguns modelos premium já vêm blindados de fábrica, mas a imensa maioria dos consumidores precisa buscar por um serviço terceirizado.

A tendência de crescimento do mercado de blindagem é acentuada, principalmente no cenário pós-pandemia. De acordo com João Ricardo Araújo, sócio-diretor da SBI Blindagens, empresa de Salvador, esse já é um segmento que vem aumentando nos últimos cinco anos. “A sensação de insegurança deve crescer”, afirma. Nesse momento, a empresa trabalha focada na proteção de funcionários e procedimentos de saúde. Para os clientes, a SBI oferece atendimento online e condições especiais.

As novidades do segmento nos últimos anos são os materiais de alta performance, tanto os vidros blindados quanto as mantas balísticas, que reduziram significativamente o peso agregado da blindagem aplicada no veículo, com ainda mais segurança e proporcionando uma condução mais próxima do original. A vantagem é permitir que qualquer tipo de veículo possa ser blindado, mesmo aqueles com menos potência e tamanho.

No Brasil, o nível máximo de blindagem permitido pelo Exército para uso civil é o nível lll-A, utilizado em mais de 90% dos veículos blindados na atualidade. Para garantir a segurança de seus ocupantes, um blindado deve ter carroceria e habitáculo protegidos. Por isso, montagem e acabamento são essenciais. Qualquer espaço, por menor que seja, pode representar a passagem de projéteis.

De acordo com a empresa baiana, a proteção é colocada em vidros dianteiros móveis e traseiros fixos; espelho retrovisor, portas, fechaduras, teto e contorno de aço nas portas e colunas; caixa interna e cinta de aço nas rodas; para-lamas dianteiros e capô e entre o banco e o porta-malas, além de sirenes e viva-voz externo.

Os perfis de quem faz a blindagem são variados. “A blindagem é uma prevenção, é andar protegido dentro de seu veículo. Normalmente, quem toma essa decisão de investir em segurança são pais de família empresários, advogados, médicos etc. E temos visto um grande crescimento do público feminino procurando pelo serviço de blindagem, até por se tratar de um público-alvo nos assaltos e abordagens em sinaleiras nas grandes cidades”, afirma Araújo.

Mais blindados

Na Bahia, os carros mais blindados são Toyota SW4, Hilux e Corolla, Volkswagen Tiguan e Jeep Compass. “Os mais procurados são os utilitários esportivos (SUVs), pela altura e robustez, com dois a três anos de uso, e os valores dependem muito de cada modelo. Araújo informa que o preço médio de um sedã médio, por exemplo o Corolla, é de R$ 47 mil a R$ 50 mil, podendo variar conforme o tamanho, tipo e complexidade do veículo a ser blindado”. O prazo para executar o serviço de blindagem é em média entre 25 e 30 dias úteis. A garantia é de cinco a dez anos para os produtos aplicados, como vidros. “Temos uma garantia estendida de três anos do serviço da SBI”, complementa Araújo.

Para quem busca um carro já blindado à venda, esse mercado de seminovos tem crescido bastante na Bahia. De acordo com a SBI, que dispõe de uma revenda de veículos seminovos blindados. “Em situações emergenciais, ou quando não quer esperar blindar o carro, ou até mesmo para economizar, o cliente opta por comprar um blindado seminovo, o que é muito válido, a depender do estado do veículo, e já sai ganhando na depreciação do carro”, explica Araújo. Ele dá como exemplo um Jeep Compass Flex 2018 seminovo blindado, que custa em torno de R$ 110 mil.

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