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Salão de Genebra acena menos ao Brasil

Publicado quinta-feira, 14 de março de 2019 às 17:45 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Lúcia Camargo Nunes | De São Paulo
Há um domínio de marcas europeias no Salão de Genebra
Há um domínio de marcas europeias no Salão de Genebra -

O Salão de Genebra, na Suíça, aberto até o dia 17 de março, é a primeira grande e importante feira anual a abrir o calendário europeu, e uma vitrine para as montadoras apresentarem e lançarem suas novidades neste primeiro semestre. Por fazer parte de um país “neutro”, sem nenhum grande fabricante, é o mais global dos salões, pois não veste uma nacionalidade ou preferência de marcas. Em Frankfurt, por exemplo, há espaços maiores reservados às marcas alemãs.

>>Inovações e supercarros estreiam em Genebra

Apesar de global, há um domínio de marcas europeias. Entre as ausências, estão fora desta edição do Salão de Genebra Ford, Jaguar/Land Rover, Volvo, Hyundai, Opel/Vauxhall, Mini e Infiniti. Pouca coisa deve interessar ao mercado brasileiro, mas há pelo menos quatro estreias com maiores chances (uma confirmada) de estarem nas concessionárias do país.

Um delas é o Peugeot 208, que, diferentemente de suas antigas gerações (evoluções de 205, 206 e 207, entre outras), manteve a nomenclatura mesmo em um carro tão modificado. Agora sobre nova plataforma, também terá uma opção elétrica com 136 cv e autonomia de 340 km. Essa nova geração do 208, que será feita na América do Sul, ao que tudo indica na planta Argentina, só deve chegar após 2020. Até lá, segue o 208 feito em Porto Real (RJ), com boas chances de convivência com o modelo mais simples (brasileiro) e o mais top (argentino).

Para o mercado europeu, o Peugeot será equipado com três opções de motores de três cilindros 1.2 e potências que variam de 75, 110 e 130 cv. Os dois mais potentes contarão com transmissão manual de seis marchas ou automática de oito. Haverá ainda uma versão a diesel 1.5 de 100 cv.

O compacto terá entre as soluções tecnológicas assistentes de segurança, como as de frenagem automática, de estacionamento, de faixa de rodagem e de ponto cego, entre outros.

Imagem ilustrativa da imagem Salão de Genebra acena menos ao Brasil
Novo Peugeot 208: após 2020

Híbridos

Para o Brasil também pode vir a motorização híbrida plug-in do Jeep Renegade, a PHEV. O mesmo deverá equipar o Compass. Embora os híbridos ainda tenham preços salgados no Brasil, a tecnologia tem tudo para crescer e expandir com a chegada de novos modelos, incluindo o nacional Corolla.

O conjunto da FCA utiliza o motor 1.3 turbo movido a gasolina, para atuar nas rodas da frente, enquanto um propulsor elétrico gera energia para as rodas traseiras. Esse motor a combustão é uma variação do mesmo Firefly, que equipa modelos Fiat no Brasil e podem chegar a 230 cv. Em breve, vão substituir os atuais 1.8 e 2.0 das linhas, incluindo da Jeep.

Na versão híbrida, o Renegade PHEV gera potência combinada variando de 190 a 240 cv. A autonomia apenas rodando no sistema elétrico é estimada em 50 km e velocidade máxima de 130 km/h.

Em Genebra, a Toyota levou versões mais esportivas do Corolla: um hatch e uma station wagon em versão aventureira. Nenhum dos dois, contudo, com chances de ser fabricado por aqui. Mas está lá também a 12ª geração do sedã Corolla europeu, cujo design será bem próximo do modelo brasileiro, que também terá tecnologia híbrida. A plataforma modular Toyota New Global Architecture (TNGA), utilizada no híbrido Prius, estará no próximo Corolla. Há ainda uma nova motorização 2.0 híbrida de 180 cv (potência combinada).

O que já se sabe é que a futura versão brasileira do Corolla, esperada para o final deste ano, terá um inédito híbrido flex (etanol/gasolina/elétrico). Esse motor é capaz de atingir um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, sua disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), informa a Toyota, os resultados se mostraram ainda mais promissores.

Sonho de consumo

A Ferrari, paixão em qualquer canto do mundo, levou a nova F8 Tributo, evolução da 488 GTB de 2015, esta nova “macchina” de Maranello ostenta motor central V8 3.9 biturbo de 720 cv, capaz de levar o F8 a 340 km/h de velocidade máxima e acelerar de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos. Sua antecessora veio ao Brasil custando R$ 2,5 milhões. É bem possível que a importadora traga alguns poucos exemplares da F8 ao Brasil, em breve.

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