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Celer nacional traz itens que agradam

Publicado quarta-feira, 20 de julho de 2016 às 00:00 h | Atualizado em 20/07/2016, 13:25 | Autor: Roberto Nunes
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A crise econômica brasileira atingiu em cheio os fabricantes de carros no país. Das marcas instaladas por aqui, as chinesas foram as mais prejudicadas. Entre as principais, a Chery é a única que inaugurou sua fábrica - em Jacareí (SP) - em solo nacional - a JAC adiou sua fábrica na Bahia e a Lifan monta seus carros no Uruguai.

Do interior de São Paulo sai a família Celer, nas carrocerias hatch e sedã. Os dois modelos compartilham o mesmo conjunto mecânico - motor Acteco 1.5 flex, de 113 cavalos e 15,5 kgfm de torque, e câmbio manual de cinco marchas, além do amplo pacote de equipamentos de série. No Celer, a regrinha básica é ser um carro prático e ter todos os itens dispostos nos rivais chineses JAC J3 e Lifan 530. Mas a briga fica também com os sedãs das marcas tradicionais (Ford Ka+, Volkswagen Voyage e Fiat Grand Siena).

O Celer é um carro de acabamento simplório. É simplesmente um sedã de linhas agradáveis, espaço para cinco ocupantes e com itens que todo mundo procura em um veículo. Tem direção hidráulica, ar-condicionado, som com rádio, vidros e travas elétricas, air bag duplo, freios ABS, sensores de estacionamento, faróis de neblina e rodas de liga-leve de aro 15. Aí, você vai perguntar: carro básico? O Celer tem um justo pacote de equipamentos e, mesmo assim, surge como opção de entrada para quem deseja comprar um veículo abaixo dos R$ 40 mil.

Na parte de entretenimento, o Chery Media System reúne rádio AM/FM, CD Player e MP3. Nada demais, mas tem o basicão.

Tempero brasileiro

A Chery nacionalizou o Celer, primeiro chinês produzido no Brasil. E para garantir o carimbo no passaporte brasileiro, a marca chinesa "meteu" tempero no visual do Celer. O sedã tem uma traseira bem mais ocidental. Sua frente ficou mais com a cara da antiga versão.

Sob o capô, o motor 1.5 flex ganhou 5 cv em relação ao outro. Para garantir que todos da família se sintam bem à vontade no veículo, a Chery valorizou o espaço no banco traseiro e, principalmente, no tamanho do porta-malas - são 450 litros.

Em situação urbana, a mecânica do Celer responde bem. Sua suspensão realmente melhorou e ganha pontos nos buracos das nossas estradas, conseguindo absorver bem os impactos, sem incomodar tanto o motorista e passageiro.

Na hora de estacionar, o sedã tem sensores de estacionamento, um facilitador para não bater em obstáculos, especialmente nas apertadas vagas de shoppings.

O Celer sedã evoluiu ao ser comparado com a versão chinesa. Mas ainda peca no pós-venda e pelas peças não tão robustas, especialmente na parte de segurança. O cinto de segurança do banco traseiro traz folgas e é de difícil manuseio. Por ser um componente de segurança, é necessária uma atenção redobrada no momento do uso, especialmente se for para colocar o cinto em uma criança ou adolescente.

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